Esse é o primeiro post do blog, sejam bem vindos!!! Padrões, medidas, referencias, formas exatas, um gabarito pronto a ser seguido, isso é estética? Quer dizer que para ser e parecer bonito tenho que corresponder a algum gabarito pré estabelecido?
Dedico o primeiro texto do blog à Beleza e ao seu Sorriso, tema invocado. Adianto que não tenho a pretensão de encerrar o assunto nem mesmo estabelecer uma verdade, escrevo aqui minha despretenciosa opinião sobre o assunto. Vamos dividir o tema em dois, comecemos pela Beleza: Beleza é um enigma! Assunto de interesse filosófico que tem por objetivo o estudo da natureza da beleza e dos fundamentos da arte. Ela estuda o julgamento e a percepção do que é considerado belo, a produção das emoções pelos fenômenos estéticos, e também as diferentes formas de arte e da técnica artística. É isso que a Wikipédia nos diz em uma rápida busca. Além da filosofia outra áreas do conhecimento como, artes, psicologia, biologia, matemática entre outras tratam do assunto e questões continuam em aberto, como: Qual o conceito de belo? Existem leis que governam a beleza? A beleza está na propriedade do objeto ou no observador que contempla?
Tomemos como exemplo a modelo Gisele Bundchen, brasileira, considerada por muitos bela, passou pelo crivo rigoroso das medidas da passarela e possuidora de tais métricas teve o aval para desfilar nas passarelas. Mas será que de posse dessas medidas, formas, proporções e regras é possível tornar o feio em belo? Não penso que seja assim! Mas muitos pensam, a história da busca pela proporção áurea é interessante e vale a pena ser lida, ou basta abrir uma revista de moda e logo veremos fotografias de modelos todos com aparências muito similar, existe sim uma tentativa de padronização da beleza.
Na beleza do sorriso ou, odontologia estética, o mesmo acontece, busca-se métricas, regras matemáticas proporções que se aplicadas como um padrão e prometem oferecer beleza. Padrões quando seguidos produzem sorrisos padronizados que muitas vezes não são belos à pessoa que sorri, não combina! Sabe? Concordo que referências estético-anatômicas são importante como ponto de partida, como por exemplo curvatura dos lábios, exposição dental com lábios em repouso, dominância dos centrais, ameias incisais, zênite gengival entre outros termos técnicos que devem ser seguidos com cautela, apenas como referencia e não como dogma, regra única e inflexível.
A beleza transborda as medidas padronizadas, existe um componente que não se traduz por números, formas ou regras mas que faz toda a diferença.
Componente esse que deve ser revelado e não imposto. Se trata de algo que vai além dos dentes, está no sorriso que se vê no rosto mas que antes foi criado na alma, na expressão do olhar. É o tipo de coisa que não pode ser criada, tem que ser descoberta, revelada individualmente. Sabem do que estou falando?
Com relação a segunda parte do título desse texto “e o seu sorriso”, esse é o ponto! Se o sorriso é seu, sendo portanto você quem o exibirá por onde caminhar, por que raios, se render a padrões pré estabelecidos? Por que não deixar que a alma sorria primeiro e se revele pela contração dos músculos da face! No filme “Comer, rezar e amar” o Guru em um determinado momento diz que não pode andar de avião porque não tem dentes, e sorri alegremente!
Muita calma nessa hora, pessoal, eu não sou guru, terapeuta ou smile coach sou um dentista, que dedica a carreira à odontologia estética, acontece que justamente por ter contato com muitas pessoas insatisfeitas com seu sorriso percebi que o que falta não é dente, e todas as medidas que se pode criar, o que falta muitas vezes é permitir que o sorriso venha a tona, se revele. Tendo isso tudo em vista, eu que sou dentista e trabalho com odontologia estética gosto de pensar que meu trabalho ao final, é esculpir sorrisos que possam revelar o que foi antes sorrido na alma.